Acredita-se que por serem (os agentes) pessoas do povo, não só se
assemelham nas características e anseios deste povo, como também
preenchem lacunas, justamente por conhecerem as necessidades
desta população. Acredito que os agentes são a mola propulsora
para a consolidação do Sistema Único de Saúde, a organização das
comunidades e a prática regionalizada e hierarquizada de
assistência, na estruturação dos distritos sanitários. Ser agente de
saúde é ser povo, é ser comunidade, é viver dia a dia a vida daquela
comunidade.(...) É ser o elo de ligação entre as necessidades de
saúde da população e o que pode ser feito para melhorar suas
condições de vida. É ser a ponte entre a população e os profissionais
e serviços de saúde. O agente comunitário é o mensageiro de saúde
de sua comunidade. (Dirigente da Fundação Nacional de Saúde,
Brasil, 1991, p.5)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


Meningite

O termo meningite corresponde ao processo inflamatório das meninges. Apesar da causa mais comum ser infeciosa (através de bactérias, vírus ou fungos), alguns agentes químicos e mesmo células tumorais podem provocar meningite.
A meningite bacteriana é uma doença grave, que deve ser tratada como emergência clínica. Pacientes que recebem o diagnóstico e o tratamento adequado tem bom prognóstico (cerca de 90% de chance de cura).
Etiologia
As bactérias são sem dúvida os agentes etiológicos mais importantes na meningite. Diversas espécies bacterianas têm capacidade de invadir a barreira hemato-encefálica, sendo que as mais importantes são:
• Estreptococos beta-hemolíticos do grupo B: um grupo de cocos Gram positivos que causa meningite em recém-nascidos (crianças com menos de um mês de idade)
• Haemophilus influenzae: um bacilo Gram negativo responsável pela maioria das meningites em lactentes com 1 mês a dois anos de idade. Era o maior causador da meningite antes da instalação de programas de vacinação, que foram muito eficientes em reduzir esses casos.
• Streptococcus pneumoniae: um coco Gram-positivo, o mesmo causador de pneumonias, que causa meningite em pacientes de todas as idades, principalmente em idosos e portadores do HIV.
• Neisseria meningitidis: também conhecido como meningococo, esse coco Gram negativo causa meningites em todas as idades. É conhecido por ocasionar infecções em surtos, ou seja, grande frequência de infecções numa comunidade num curto espaço de tempo. Afeta comumente prisioneiros, recrutas militares e têm causado surtos entre os fiéis muçulmanos em sua peregrinação anual a Meca. Existem várias cepas imunológicas distintas do meningococo, porém os grupos A, B e C são os mais importantes.
• Listeria monocytogenes: bacilo Gram positivo que causadora de meningite em idosos, portadores do HIV, transplantados, pacientes com câncer e imunossuprimidos, podendo também afetar crianças pequenas.
• Agentes etiológicos menos comuns incluem: Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Klebsiella sp.
O conhecimento da etiologia da meningite é fundamental para o tratamento adequado.
Sintomas
Inicialmente os sintomas resultam da infecção e a seguir do aumento na pressão intracraniana, podendo cursar com:
• dor de cabeça (cefaléia);
• febre alta e vômitos;
• fotofobia;
• Irritabilidade, delírio e convulsões;
• Rigidez da nuca, ombro ou das costas;
• Aparecimento de petéquias (geralmente nas pernas), podendo evoluir até grandes lesões equimóticas ou purpúricas;
• Resistência à flexão do pescoço.
Complicações e sequelas
A meningite pode causar inúmeras complicações e sequelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças. Por esse motivo o tratamento precisa ser rápido.
Fora do sistema nervoso a meningite também pode causar complicações. A doença inflamatória pode levar ao choque séptico e distúrbios da coagulação. As bactérias podem também se difundir para outros locais, causando endocardite e pioartrite. Além disso há registros de perda de parte da audição.
Diagnóstico
Para o diagnóstico é primordial a realização de exames de sangue e coleta de LCR, sendo este de maior importância.
Para o exame do LCR é realizada punção lombar onde é retirado o líquor.
O LCR do paciente com meningite bacteriana tende a estar mais turvo, possivelmente purulento, com taxa de glicose diminuída e contagem celular aumentada (pleocitose) às custas de polimorfonucleares. Com a coloração de Gram as bactérias podem ser visualizadas, o que geralmente é suficiente para o diagnóstico. Algumas vezes é necessário realizar cultura do material para identificação das bactérias.
Tratamento
Para uma maior eficiência, o tratamento deve ser específico para o agente etiológico envolvido. No caso de meningites virais não há tratamento específico, mas essas tendem a ser infecções menos graves e auto-limitadas. Para as infecções bacterianas o tratamento deve ser o mais rápido possível, pois a doença pode levar a morte ou a seqüelas neurológicas graves. Na impossibilidade de se conhecer o agente etiológico, o tratamento empírico deve ser feito com uma cefalosporina de terceira geração mais vancomicina. Para bactérias conhecidas, o tratamento mais usado é o seguinte:
• S. pneumoniae: Penicilina G 24 milhões de unidades ou ampicilina 12g. Nos casos de resistência bacteriana recomenda-se o uso de cefalosporina ou vancomicina.
• Meningococos: Penicilina G 24 milhões de unidades ou ampicilina 12g.
• H. influenzae: Ampicilina 12 g
• Estafilococos: ceftriaxona 4 g ou cloranfenicol
• L. monocytogenes: Ampicilina 12 g
A eficiência do tratamento específico costuma ser muito boa, exceto em pacientes imunossuprimidos.
Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite
http://fotos.sapo.pt/nF4vpFE9nAosluj1BvvZ/

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Tuberculose



Tratamento interrompido fortalece o bacilo e pode trazer de volta a doença que causou pavor no passado.

O que é?

Doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial nos pulmões. O microorganismo causador da doença é o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis.

Números da doença

* 1/3 da população mundial está infectado com o bacilo da tuberculose;
* 45 milhões de brasileiros estão infectados;
* 5% a 10% dos infectados contraem a doença;
* 30 milhões de pessoas no mundo podem morrer da doença nos próximos dez anos;
* 6 mil brasileiros morrem de tuberculose por ano.


Processo de disseminação da tuberculose

1º passo

Apesar de também atingir vários órgãos do corpo, a doença só é transmitida por quem estiver infectado com o bacilo nos pulmões.

2º passo

A disseminação acontece pelo ar. O espirro de uma pessoa infectada joga no ar cerca de dois milhões de bacilos. Pela tosse, cerca de 3,5 mil partículas são liberadas.

3º passo

Os bacilos da tuberculose jogados no ar permanacem em suspensão durante horas. Quem respira em um ambiente por onde passou um tuberculoso pode se infectar.


Sintomas
• Tosse crônica (o grande marcador da doença é a tosse durante mais de 21 dias);
• Febre;
• Suor noturno (que chega a molhar o lençol)
• Dor no tórax;
• Perda de peso lenta e progressiva;
• Quem tem tuberculose não sente fome, fica anoréxico (sem apetite) e com adinamia (sem disposição para nada).

Tratamento
A prevenção usual é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves da doença. Se houver a contaminação, o tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida. O tratamento dura em torno de seis meses. Se o tuberculoso tomar as medicações corretamente, as chances de cura chegam a 95%. É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam.

Refeência:http://www.santalucia.com.br/pneumologia/tuberculose.htm
http://4.bp.blogspot.com/_jL9k-mrR-jQ/SwKWZJ8zZdI/AAAAAAAACTU/